Promoção Planeta EXPN.

Há poucos dias os pilotos cariocas Nader Couri e Erick Vils participaram ao vivo do programa Planeta EXPN, falaram sobre o esporte de maneira geral e das aventuras e relação de cada um com o voo livre. As centenas de idas ao Cristo já realizadas pelo Nader e os desafios e roubadas enfretados pelo Erick durante o rally aéreo SOSertão. Aos poucos o esporte volta a conquistar espaço na mídia especializada com divulgação para um público amplo e diversificado. Tem mostrado que o esporte não é nenhum "bicho de sete cabeças", e que é um sonho acessível e maravilhoso. Como de costume, o espaço é aberto à participação dos telespectadores e internautas, que no final concorrem a brindes e promoções. Dessa vez tirei a sorte. Fui um dos sorteados e acabo de receber em minha casa o DVD "Asas, um sonho carioca", que dispensa qualquer comentário, e um belo boné da SPOT, o primeiro rastreador pessoal via satélite do mundo . Valeu EXPN, Nader e Erick.

ETAPA TRANSFERIDA.

Devido às previsões climáticas pouco favoráveis à prática do voo livre, a etapa de Presidente Getúlio/SC foi transferida para o próximo final de semana, dias 6 e 7 de junho.

Presidente Getúlio/SC recebe a próxima etapa do Catarinense de Asa.

A cidade de Presidente Getúlio/SC recebe no próximo final de semana, dias 30 e 31, a etapa do Campeonato Catarinense de Asa Delta. Realizada pelo Clube de Voo Livre da Galera, com organização local de Robert Etzold, o evento conta ainda com o apoio da Prefeitura Municipal e do Clube Mirador de Parapente, que têm feito grandes esforços para tornar essa etapa um sucesso. Foi disponibilizada a Escola Municipal Tancredo Neves para instalação do QG e alojamento para os pilotos. Como há mais de uma opção de decolagem é importante que no primeiro dia todos se dirijam ao QG para definição da rampa a ser utilizada, conforme a condição climática. Inscrições antecipadas podem ser feitas no site da Federação Catarinense e custam R$ 40,00, devendo o pagamento ser realizado até dia 28/05. Após essa data o valor sem desconto é de R$ 60,00. Até o momento somente a etapa de Jaraguá do Sul foi realizada e contou pontos para o ranking 2009, portanto o campeonato está ainda no início e todos podem brigar pelo título nas duas categorias, principal e ascendente. A etapa acontece paralelamente à 13ª Festa Estadual do Leite, que contará com shows de bandas nacionais e muitas outras atrações. Venha, prestigie o evento pois ele é feito para você.

Uma boa turma em Tangará/SC

Da esquerda para a direita, Victor, Robert, Tingão, Robô, Rasta, Maninho, João Rotor, Junico, Francalaci e Cláudio. Só faltaram na foto o Zé Maria e as fiéis escudeiras que, como sempre, deram aquela força no resgate: Iara e Deyse. Foi essa turma que formou as barcas e aproveitou o final de semana para uma investida em Tangará, apesar das previsões não serem as mais favoráveis. Sábado pela manhã, já na rampa a condição era de azul total sem probabilidade de formações, uma inversão daquelas e os urubuzinhos voando baixo. Meu primeiro voo em Tangará, condição nada promissora, optei então por não ficar naquela enrolação na rampa e parti pra birutar, eram 13:30hs. Nada na frente, busquei novamente o morro e ali consegui subir, mas não grande coisa. Derivei demais e, provavelmente, tenha desperdiçado a chance de um voo melhor. O resto da gangue optou por esperar ainda mais. Cláudio fez o melhor voo do dia, com pouso próximo à cidade de Campos Novos. Robozinho na pedreira. Francalaci e Zé Maria na região de Ibiam. Robert optou por não voar. João Rotor teve um probleminha na asa e também ficou no resgate. Como tive que retornar no mesmo dia, não soube do Tingão, Victor e Junico, mas a galera ficou por lá para aproveitar o domingo. Com a previsão de entrada de uma frente fria, das duas uma: ou a condição arredonda, ou fica ainda pior. Vamos torcer pela primeira opção e que a galera possa aproveitar essa investida tão longe.

Domingo de gala para o Ivo.

Novamente na Canelinha fazendo parceria com Dingo, Ivo, Cristiano e James. Fábio, fiel escudeiro, fazia meu resgate, e garantia assim um voo mais despreocupado, sem saber aonde pousar. Mas o dia foi especial mesmo para o Ivo que, impaciente, decolou em uma péssima hora e mesmo assim, com muita persistência e sangue frio, se manteve no ar até ser recompensado por uma bela térmica que o levou à condição, que estava desenhada na rota para Santo Amaro da Imperatriz. Não deu outra, mais uma vez ele fez a travessia Canelinha - Santo Amaro, com direito a térmica na chegada e uma esticada no passeio pela região de SAI. Dingo também saiu na cruzada logo atrás, mas acabou ficando pelo meio do caminho, pousando na cidade de Antonio Carlos. Para mim o voo foi batalhadíssimo, primeiro para conseguir ganhar a decolagem e evitar um prego. Depois para tentar alcançar a condição e partir para um bom cross, o que não rolou. Com o teto a 1.500, cheguei apenas na casa dos 1.000 metros. Num voo muito turbulento tomei pancada de tudo que é jeito, não tive altura para cruzar as cordilheiras na rota que eles seguiram, parti então para voo solo onde consegui me segurar, mas não rendeu muito, valeu pela batalha. Pousei a apenas três quilômetros de onde havia descido no sábado, mas o que parecia perto olhando de cima era na verdade o fim do mundo quando lá embaixo. Fiquei nas proximidades de um pequeno vilarejo chamado Timbé. O rádio não funcionava, o celular muito menos e na estrada nem carro passava. Desmontei minha asa acelerado para agilizar tudo e tentar chegar na BR. Mais uma vez fui salvo por uma alma caridosa que passava de moto e gentilmente me levou até onde o celular tinha sinal. Daí pra frente foi rápido. Em vinte minutos estava resgatado, voltando para pegar minha asa e partir para dar uma força ao Ivo que estava sem resgate. Dois dias de voo no mesmo final de semana para mim, tinha virado lenda, ainda bem que dessa vez aconteceu.

Canelinha nas nuvens.

A frente chegou fria e seca, proporcionando um belo dia de voo. Mais uma vez a previsão falhou. Na sexta-feira indicava a predominância do vento sul forte logo pela manhã no sábado, diminuindo ao longo do dia e girando para sudeste. Nada disso aconteceu em Canelinha e região, desde cedo céu bem azul e noroeste soprando moderadamente. Com a condição de inverno e voos rolando um pouco mais tarde, todos subiram sem pressa. Quando Ivo, Cristiano e James chegaram, eu, Dingo e Pereira já estávamos com tudo pronto. Por um erro de avaliação, acreditando na melhora da condição, decolamos às duas da tarde, meia hora após o que pareceu ter sido o melhor ciclo do dia. Mas fazer o quê, caprichar e tentar um bom voo. Na decolagem pude ouvir no rádio a galera do paraca, que estava correndo campeonato em Gaspar, comentar: "estou a 1.300 com Bigode e Rottet tirando pro goal". Transmissão animadora melhor noção do teto impossível. Decolei primeiro e engatei numa boa térmica pouco à direita da rampa. Ninguém se aguentou e foi aquela correria pra decolar, uma atrás da outra e todos subiram na mesma termal, uns mais, outros menos, mas todos foram. Devo ter entrado no mehor momento e fiquei no topo a 1.300 com o Ivo um pouco abaixo. Maravilha, como é bom estar alto. A deriva era totalmente de noroeste em direção a Celso Ramos, mas a condição só estava presente até a metade do caminho, enquanto que mais ao sul predominavam mais formações, seria um voo mais forçado porém talvez mais longo e proveitoso. Bom, escolhi a primeira opção e parti na deriva do vento, peguei novamente na cordilheira de trás da rampa, próximo à alta tensão, sem ter perdido praticamente nada até ali fui agora a 1.400 próximo da base. Que show, estava com saudade disso, a última vez pertinho da nuvem foi em dezembro passado, quando fiz meu primeiro voo em Salete. Como já era certo, segui sem afundar no cloud, até ele acabar. Depois disso caí num azul total, estiquei para alguns possíveis gatilhos sem nada encontrar. Era pouso na certa, foi só escolher um entre inúmeros pastos à beira da BR101 e com carinho aterrissar o brinquedo e ficar curtindo os paraquedistas que eram cuspidos por um aviãozinho bem perto dali. Fiz o voo sozinho, não sei para onde o resto da galera tirou, e foi praticamente voo de uma única térmica, mas deu pra fazer a cabeça. Foram apenas dezoito kms mas valeu muito a pena, o pouso foi próximo ao trevo de entrada para Governador Celso Ramos. Tracklog no Flexicotton.

A condição melhorou e Salete aconteceu.

Foto: Jerry Conceição

O tempo nebuloso da sexta-feira lentamente foi dando lugar a um belo final de semana, que proporcionou muito voo livre para aqueles que compareceram a Salete para o 3º Festival de Voo Livre da cidade, que contou com 78 inscritos, dos quais 24 pilotos de asa delta e 54 de parapente, divididos nas categorias permanência e cross livre. Todos voltaram para casa de cabeça feita. Destaque especial para os campeões Marco Melegari, piloto de asa de Florianópolis, que faturou o caneco no cross livre com um voo em direção a Agrolândia/Otacílio Costa, cerca de cinquenta quilômetros de distância; como também para o piloto e projetista de parapente André Rottet que, com um vôo local de duas horas e quarenta minutos, levou o caneco na categoria permanência. A confraternização rolou solta entre os participantes de ambas as modalidades e contou com a presença de pilotos de Jaraguá do Sul, Joinville, Itajaí, Florianópolis, Barra Velha, Gaspar, Rio do Sul, Timbó, Ibirama, Indaial, Guaramirim, Pomerode, Urubici, Chapecó e Santa Terezinha. Foram realizados mais de 300 voos ao longo do final de semana.